sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Tudo muda...

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A gente costuma pensar que as pessoas não mudam. “ Pau que nasce torto”... Parece que as manias, os jeitos e trejeitos são criados no molde do berço, para sempre!


Até que a morte os separe?


E sejam cacoetes chatos ou inconseqüentes,
hábitos admiráveis ou irreverentes, jamais serão modificados. Opiniões e atitudes grudadas e definitivas.

Neste final de semana testemunhei que hábitos se transformam, sim!


Minha visita, a qual não revelo a identidade nem sob tortura, chegou acompanhada... da cachorrinha... O quê? Ela? No meu apartamento? Eu mudei lembra? Não estou mais numa casa!


Não pensem que é alguém da minha família. Capaz!


Alguns meses atrás cachorros eram seres que habitavam as casas dos vizinhos e que sabiam latir e incomodar.


Fim. Essa era a minha crença e a dela. A minha ainda é. A dela, não mais...


Então ela entra porta adentro com aquele bicho peludinho no colo, falando uma linguagem nenê-cachorrês, mais indecifrável que as placas da república-tchêca. Junto com a bagagem, a casinha de tecido vermelho e o símbolo do time do coração, uma manta feita de crochê ( que inveja!!), uma sacola com os “brinquedinhos”, bolinhas e os pacotes de diversas rações (incluindo filezinhos de carne - servidos com oito pinguinhos de água morna em cima) e colherinhas, potinhos , etc...

 De repente ela havia conseguido uma “maninha” para os filhos e transformado em avô o próprio marido!


Interessante... Naquele momento tudo que eu conseguia fazer era agradecer por ainda não ter comprado tapetes. Isso porque apesar do bichinho ser taxado como uma das maravilhas do universo, ele não sabia mais em que canto da nova casa estava o “seu toalete”.


Mas, brincadeiras a parte, agora sei e acredito que... na vida nada é definitivo!


A Terra vai girando e com ela os
seres que a habitam, sejam eles peludos ou não!

Se, há meses atrás a minha visitante jamais aceitaria adotar uma companhia canina que dormisse em seu quintal,
agora estava candidamente acolhendo a criaturinha nas dobras do seu cobertor. Meu Deus, o meu!!! Olhando a cena emocionada eu já começava a pensar se a lavadora entupiria com os pelinhos macios...

Ah! A vida realmente é uma arteira reveladora e incansável.

Na segunda-feira, enquanto acompanhava a bagagem sendo cuidadosamente ajeitada no carro e ainda aturdida com tamanha revelação, me peguei acenando nostalgicamente para aquele rabinho que balançava no banco de trás.


Que gracinha!



Nossa! Eu pensando assim?


Cruz credo!

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