É impressionante como somos enredados e aprisionados a ela.
Ficamos ansiosos a todo momento,
por tudo aquilo que nos cerca.
Ela vem de fora, muito rápido.
Por dentro, devagarzinho. Mas vem.
Vem pelo correio, bate na porta ou nos arromba de repente.
Somos roubados do sossego, no meio do filme.
Se passamos no vestibular,
se rodamos. Ela marca todas as alternativas.
Se estamos sem grana
ou se ganhamos aumento...
Fazer o quê?
Se somos o centro das atenções,
se somos esquecidos. Ela tá ali.
Sejam coisas boas e bonitas,
surpresas e gentilezas ou
dificuldades e arbitrariedades.
A ansiedade corre mais que nós.
Chega sempre antes.
Não importa o resultado.
Por que não conseguimos ficar em paz? Descobrimo-nos
a todo instante esperando o que vai acontecer, o que
vem pela frente. Choramos ou rimos, ansiosamente.
Sofremos com antecedência, comemoramos
por antecipação.
Às vezes trocamos tudo de tal maneira que,
perdemos a hora do gol.
Deixamos o bolo crescer demais.
Gastamos com nossas lágrimas, uma tristeza que não vem ao nosso encontro.
Que não dobra a esquina.
Somos atropelados no sinal vermelho,
na faixa de segurança.
Tudo em nome da tal ansiedade. Que poder ela tem?
Uma força desumana ou humana demais.
Ela nos explica ou nos complica.
Acho que nos pinica!!!!
Danada...

