quinta-feira, 31 de maio de 2012


Quando se deixa o medo de lado...

A gente se solta na vida, nos precipícios de sonhos  e verdades,
mas não as verdades alheias.
A gente finalmente entende que não importa o que refletimos
em outras cabeças.
A gente percebe que o acerto de contas vem de dentro.
E lá se vai o medo de falar além, de ouvir também...
O medo de escolher a estrada de terra.
E podemos chegar no mesmo lugar vindo de outros tempos,
desenhados em outros momentos.
É tanto medo arraigado, tanto medo guardado
Que quando se perde,  nada mais se repete.
Estamos prontos pro salto, pro escuro, pro muro.
Pro riso e pro sorriso.
Pro choro e pro silêncio.
Ou  o barulho. Da chuva, da loucura
... da felicidade...


E lá vou eu...

Deixei o tempo escapar e agora corro atrás  do dia atrasado, do relógio parado...
Deixei a vida passar na minha frente e agora me procuro na chegada.
Deixei os planos no baú e agora acendo as luzes do porão.
Deixei as metas anotadas e agora arranco as folhas marcadas
Agora vou em frente, me anunciando por aí...
Não quero me perder de mim de novo
Não quero perder a minha carona
Agora me levo junto de qualquer jeito
E quero janela
E quero tudo o que tenho direito
Muito sonho e trilha sonora
Vou buzinando prá me ver desfilar
Na estrada que desenhei de repente
Sem rascunho, sem passar a limpo.
Já tá valendo e cai tudo na  prova.
Não quero decorar os resultados.
Qual é a alternativa?
Nenhuma das anteriores...
Quero tudo surpresa
De todas as cores.