segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Tempo para o tempo...
Quando não temos tempo, a vida se torna
uma grande maratona!
É como se alguém desse a largada e partíssemos
em disparada sem saber prá que lado ir.
E afinal, aonde fica a chegada?
Quanto vale o grande prêmio?
Reclamamos que não conseguimos ir na academia, tomar um banho de sol ou ficar dormindo mais um pouquinho.
Faltam horas e às vezes até mesmo minutos para nós mesmos,
para os nossos filhos, para o nosso amor.
Cochilamos na sala de espera do dentista, enquanto
sonhamos com a nossa cama.
Queremos pensar com calma, decidir...
Ir, ou simplesmente, ficar!
Mas, e quando temos tempo sobrando?
Bem, aí a coisa realmente fica complicada!!
Reclamar de que?
Qual é a desculpa que daremos para não ter resolvido,
não ter feito, não ter comparecido?
Fazer o que com esse ouro em pó que nos escorrega
por entre os dedos? Vendê-lo a que preço?
Não ouvimos mais os tique-taques que nos penduram nos ponteiros do relógio tentando fazer com que dêem meia volta.
A falta de urgência se transforma num labirinto cheio de atrações, mas do qual não conseguimos sair.
Nâo somos mais os atletas que merecem o troféu.
A corrida fica suspensa...
Teremos driblado o juiz?
Não há mais pressa. Podemos caminhar, apenas.
E quem vai querer marcar dentista se pode ir à praia?
Como escolher, entre tantas opções, o que fazer?
Mas, quanta petulância nos atirarmos numa rede enquanto o mundo gira derrubando quem não consegue se equilibrar nele.
Que audácia! Quem pensamos que somos?
Queremos ler no meio da tarde enquanto o vizinho
corta a grama no sol?
Pois que chova para todos.
Não tem jeito.
Quando falta tempo é um disparate.
Quando sobra, é sacanagem!
Reféns de Pensamentos
Na Zero Hora do dia 17.11.2010, Martha Medeiros, sob o título Cabeça dos Outros, escreveu sobre algo que passei, ironicamente, poucos dias depois. Não poderia deixar de relatar o que também senti...
Como nos comportamos diante do inesperado, quando justamente ficamos à mercê dos pensamentos alheios.
Fui assaltada...
De repente, inesperadamente, precisamos saber o porquê de outros, não mais importa o que pensamos, mas o que eles estão pensando de nós. Se vamos reagir, se vamos gritar, se vamos chorar ou implorar... Que atitude podemos tomar, aos seus olhos, diante de seus atos. A sensação é de total impotência. No meu caso.
Somos acordados no meio de nossos pensamentos prá uma realidade que não bate na porta, que não espera olharmos pelo olho mágico e escolhermos se queremos abrir. Ela nos invade a caminho de casa ou do trabalho, no meio de um passeio e não leva consigo apenas o nosso dinheiro ou o celular. Junto com nossos relógios leva nossa tranquilidade, nos deixando presenteados com a perplexidade e a incapacidade de entender o ser humano. Pulso vazio, tempo parado.
A sua coragem de apontar armas e de ameaçar usá-las , não nos dá o direito de desistir, de descer no meio do trajeto, de simplesmente voltar prá casa.
Numa situação na qual ficamos em segundo plano para nós mesmos, num piscar somos reféns das decisões “deles”. E nós, que tanto reclamamos que precisamos fazer escolhas, no momento em que mais queremos ser donos de nós mesmos, viramos inquilinos, sem direito ao voto que pode mudar nossas vidas.
- “Leva tudo, já não penso mais”...
Como nos comportamos diante do inesperado, quando justamente ficamos à mercê dos pensamentos alheios.
Fui assaltada...
De repente, inesperadamente, precisamos saber o porquê de outros, não mais importa o que pensamos, mas o que eles estão pensando de nós. Se vamos reagir, se vamos gritar, se vamos chorar ou implorar... Que atitude podemos tomar, aos seus olhos, diante de seus atos. A sensação é de total impotência. No meu caso.
Somos acordados no meio de nossos pensamentos prá uma realidade que não bate na porta, que não espera olharmos pelo olho mágico e escolhermos se queremos abrir. Ela nos invade a caminho de casa ou do trabalho, no meio de um passeio e não leva consigo apenas o nosso dinheiro ou o celular. Junto com nossos relógios leva nossa tranquilidade, nos deixando presenteados com a perplexidade e a incapacidade de entender o ser humano. Pulso vazio, tempo parado.
A sua coragem de apontar armas e de ameaçar usá-las , não nos dá o direito de desistir, de descer no meio do trajeto, de simplesmente voltar prá casa.
Numa situação na qual ficamos em segundo plano para nós mesmos, num piscar somos reféns das decisões “deles”. E nós, que tanto reclamamos que precisamos fazer escolhas, no momento em que mais queremos ser donos de nós mesmos, viramos inquilinos, sem direito ao voto que pode mudar nossas vidas.
- “Leva tudo, já não penso mais”...
Próxima parada...
A vida é mesmo uma parada.
Um grande trote do destino.
Estamos sempre em desatino.
Perseguindo velhos e repetidos sonhos,
Traçando as metas de um futuro que não chega,
De um tempo que não nos alcança,
De uma estréia que não nos lança...
Estamos sempre decidindo.
Se vamos ou ficamos.
Cabeça ou coração,
Carro ou lotação.
Será que deixamos que a vida passe ou passamos dela,
Por ela?
Lá vem a vida, vamos indo de carona...
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
O poder dos filhos...
Queremos tanto para os nossos filhos, que às vezes nos perdemos.
Sonhamos prá eles ou por eles?
Sonhamos por nós.
Eles são a chance de chegar aonde não conseguimos.De cortar a fita, de levar todas as bandeiradas
que nos foram escondidas.
De viver o que apenas planejamos.
De ir aonde não fomos.
De vencer a guerra pela qual valeram todas as nossas batalhas.
Filhos deveriam ter suas próprias vidas, mas insistimos em roubá-las deles.
Estranhamente passamos contando todas as dificuldades que enfrentamos,
vangloriando-nos de um mundo diferente onde nada era “tão fácil”.
Somos os maiores cobradores dessas facilidades e ao mesmo tempo dedicamos nossas vidas
a retirar todas as pedras de seus caminhos, varrendo as folhas e plantando as flores.
Queremos apenas nos orgulhar de seus feitos, exibi-los como troféus dourados. E protegê-los
prá sempre, de todos os bichos papões que surgirem.
Quando falham, ficamos inconformados e menos por eles, mais por nós. Porque não
podemos exibir suas derrotas. Nossas estantes só podem ser decoradas com suas
vitórias únicas, que nos estufam a mente, o peito, o ego...
Queremos aos filhos vidas perfeitas, melhores, maiores. Queremos que vivam o que não vivemos,
que caminhem por onde não passamos.
Queremos escrever suas histórias sem as passagens obscuras que nos derrubaram.
Somos egoístas por tudo isso, mas ninguém , ninguém, é capaz de amá-los com tanta força e paixão no coração. De por eles abrir mão dos melhores pedaços de todos os bolos, que já nos ofereceram.
É, queremos ser tão donos dos filhos, que muitas vezes, torcemos para que as coisas dêem errado e voltem correndo prá nós.
E que fiquem, eternamente, nossas crianças, sentadas no colo, pertinho de nossos olhos, ao alcance de nosso abraço.
Incentivamos que apostem alto, que sejam determinados e corajosos. Que sejam brilhantes e dignos. Persistentes. Mas, que nos carreguem com eles, em todas as suas estréias, permitindo-nos brilhar ao seu lado e assinar embaixo, o livro que nos contam.
Setembro...
Quem ainda seremos, quase trinta anos depois?
Talvez a gente abra as gavetas do tempo e faça um balanço...
Dos nossos destinos e desatinos,
Dos lugares que passamos e das marcas que deixamos.
Dos nossos filhos, prá sempre nossos meninos.
O espelho há de nos projetar de outros jeitos,
Nos copiar em outras molduras,
Nos lembrar de nossas loucuras.
Pegaremos carona, na continuação de nossa história. Mais sábios, esconderemos as pedras.
E seguiremos em frente,
Pro futuro e pro presente.
Até o próximo balanço, meu amor...
Camaleões
Somos seres misturados...
Pelo passado e pelo presente.
Ou voltamos ou vamos em frente.
Somos nós e somos muitos.
Somos sós.
Somos pais e somos filhos.
Andarilhos de nossos caminhos.
Estamos no ponto ou passamos do ponto?
Nos perdemos e nos achamos.
E, voltamos.
Prá nós, por nós.
Escrevemos e somos escritos.
Descobertos e escondidos.
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Viver a Vida!!
Assisti o último capítulo da novela Viver a Vida, vários dias depois, gravado, enquanto executava
tarefas rotineiras da casa. Não esperava nada surpreendente, até o momento em que teve início
o último depoimento.
Vários, no decorrer da trama, foram emocionantes, mas este... tocou fundo.
Foi intenso, e, mais uma vez, transmitiu esplendidamente a imensa e maravilhosa capacidade do ser humano de se reinventar nas mais difíceis situações. Recomeçar, de outro jeito, e ir em frente. Sempre.
A história de João Carlos Martins, ex- pianista e maestro reconhecido entre os melhores do mundo e as tantas vezes que ele levou uma rasteira do destino, caiu e driblou os obstáculos, um a um. As inúmeras vezes em que voltou a tocar, apenas com a mão direita, apenas com a esquerda, com alguns dedos, numa carreira internacional brilhante que se moldava a cada novo baque. A cada doença, tumor, violência que o levou, finalmente, a desistir do piano e aos 63 anos, tornar-se um maestro admirável, representando o Brasil no exterior.
Quando acabou seu depoimento, ele regeu uma orquestra onde estavam presentes todas as pessoas que
ao longo da novela, contaram suas vidas de superação. Lá estavam também todos os atores, diretores, autores, misturados numa realidade entre risos e lágrimas.
Era a ficção se tornando real. As pessoas representando suas histórias , ao som da música e sob a regência dos dos seus próprios exemplos.
Parece tão bobo, tão superficial assistir novelas. Coisas de mulher. Não sei... não importa. A gente se distrai ao longo dela e mesmo esperando pouco e sem expectativas como foi o meu caso, pode acabar levando um susto no final!! Uma lição.
E que lição.
A superação é uma das mais admiráveis que podemos aprender. Meus problemas ficaram tão pequenos de repente, mas grande, ficou a minha vontade de tentar. Tudo o que eu quero, tudo o que eu sonho. Quantas vezes for preciso.
E quando estiver desistindo e desanimando, lembrarei das palavras do pianista... e do som mágico dos
aplausos .
Viver a vida, com superação.
Sempre!
Foto tirada de João Carlos Martins que tocou com perfeição no Shopping Iguatemi de São Paulo em dezembro de 2010,com apenas um dedo de cada mão, o que não fazia há muito tempo, deixando-nos
emocionados.
emocionados.
terça-feira, 20 de abril de 2010
Ansiedade...
É impressionante como somos enredados e aprisionados a ela.
Ficamos ansiosos a todo momento,
por tudo aquilo que nos cerca.
Ela vem de fora, muito rápido.
Por dentro, devagarzinho. Mas vem.
Vem pelo correio, bate na porta ou nos arromba de repente.
Somos roubados do sossego, no meio do filme.
Se passamos no vestibular,
se rodamos. Ela marca todas as alternativas.
Se estamos sem grana
ou se ganhamos aumento...
Fazer o quê?
Se somos o centro das atenções,
se somos esquecidos. Ela tá ali.
Sejam coisas boas e bonitas,
surpresas e gentilezas ou
dificuldades e arbitrariedades.
A ansiedade corre mais que nós.
Chega sempre antes.
Não importa o resultado.
Por que não conseguimos ficar em paz? Descobrimo-nos
a todo instante esperando o que vai acontecer, o que
vem pela frente. Choramos ou rimos, ansiosamente.
Sofremos com antecedência, comemoramos
por antecipação.
Às vezes trocamos tudo de tal maneira que,
perdemos a hora do gol.
Deixamos o bolo crescer demais.
Gastamos com nossas lágrimas, uma tristeza que não vem ao nosso encontro.
Que não dobra a esquina.
Somos atropelados no sinal vermelho,
na faixa de segurança.
Tudo em nome da tal ansiedade. Que poder ela tem?
Uma força desumana ou humana demais.
Ela nos explica ou nos complica.
Acho que nos pinica!!!!
Danada...
quarta-feira, 31 de março de 2010
Coelhinho da Páscoa, o que trazes pra mim?
Meus dezoito anos de volta?
A cesta de ovos que o meu pai escondia tão bem?
Os meus filhos pequeninos, outra vez?
O doce abraço da minha mãe, que já não recebo há vinte anos?
O que trazes pra mim?
Cheiro de coisas boas?
Casquinhas pintadas, recheadas de amendoins caramelados?
As risadas que ecoam nos túneis do tempo?
Meu namorado cantando pra mim?
Coelhinho... quero surpresas!
Quero me lambuzar em doçuras, reviver...
Não quero papel de mercado, quero celofane ,
Não quero tudo pronto, quero ter que fazer...
Um ovo, dois ovos...
Um filho, dois filhos, meus amores assim!
Se o tempo tem mesmo que passar, e eles, tem mesmo que crescer,
que seja tão grande pra mim...
A felicidade de atravessar estas datas sem lembrar de como
era, sem chorar por quem me dera...
A vida é agora. Então, Coelhinho da Páscoa,
o que trazes pra mim?
Um domingo maravilhoso, juntinho com a família
que formei, com a família que me renova, que me
rejuvenesce, me encanta e me espanta.
A nossa "toca", onde as pegadas conduzem ao
mais doce abrigo do mundo. O nosso.
Obrigada Coelhinho, por tantos doces assim!
Meus dezoito anos de volta?
A cesta de ovos que o meu pai escondia tão bem?
Os meus filhos pequeninos, outra vez?
O doce abraço da minha mãe, que já não recebo há vinte anos?
O que trazes pra mim?
Cheiro de coisas boas?
Casquinhas pintadas, recheadas de amendoins caramelados?
As risadas que ecoam nos túneis do tempo?
Meu namorado cantando pra mim?
Coelhinho... quero surpresas!
Quero me lambuzar em doçuras, reviver...
Não quero papel de mercado, quero celofane ,
Não quero tudo pronto, quero ter que fazer...
Um ovo, dois ovos...
Um filho, dois filhos, meus amores assim!
Se o tempo tem mesmo que passar, e eles, tem mesmo que crescer,
que seja tão grande pra mim...
A felicidade de atravessar estas datas sem lembrar de como
era, sem chorar por quem me dera...
A vida é agora. Então, Coelhinho da Páscoa,
o que trazes pra mim?
Um domingo maravilhoso, juntinho com a família
que formei, com a família que me renova, que me
rejuvenesce, me encanta e me espanta.
A nossa "toca", onde as pegadas conduzem ao
mais doce abrigo do mundo. O nosso.
Obrigada Coelhinho, por tantos doces assim!
terça-feira, 16 de março de 2010
Espelho, espelho meu: CULPADO!!!!!
É claro, o grande culpado de tudo, não é e nunca foi o mordomo!!!
O grande vilão da história é ele: o ESPELHO!
É ele que nos cobra tudo! Que nos obriga a aceitar que estamos envelhecendo. Que não somos mais os mesmos. Quanta bobagem! Que história é essa de ficar catando os fios de cabelo branco no elevador?
Espelho meu? Que nada!! Espelho das academias, das revistas, das dietas, dos padrões que temos que seguir e ele não colabora. Espelho tem dedo afinal! Fica apontando. É um fofoqueiro!!
Quer nos convencer que já somos sogras se ainda é tão bom ser noras e assoprar no ouvido do marido que a mãe dele salgou demais os bifes. Mas não, já quer que a gente seja logo jararaca! Tem tempo, calma! Brincadeiras à parte, adoro a minha! Juro!!!
Quem disse que a cabeça muda? Sinto um frio na barriga quando posso me esconder do meu filho pela casa, dar e levar sustos! Levar, nem tanto...Não aceito ficar sem minha cesta de páscoa. E mais: quero procurá-la!
No espelho viramos adultos muito cedo e logo, anciãos... Que se danem as ruguinhas, elas são apenas marquinhas que contam algumas passagens interessantes. Ok, se o Pitanguy estiver disponível na próxima quarta, dá pra diminuir um pouco o repertório dos pés-de-galinha... Mas, se por fora a coisa não tá assim tão "lisinha", por dentro o cérebro comanda os mesmos olhos que brilham pro meu amor há quase trinta anos. Ou no "seu caso", pode ser o mesmo que se esbalda com pizza de calabreza e depois fica uma semana só comendo maçãs!
Envelhecer é coisa de gente nova! De gente desocupada, ou ocupada demais talvez. Ocupada em descobrir novas doenças, colecionar receitas e vidrinhos de remédios. Justificativas pra não caminhar, não correr, não dançar. Não viver. Não chegar tarde ou chegar cedo demais? Não pode isso, não pode aquilo, que chato!!
Desculpa furada prá não andar de montanha-russa, não correr atrás do ônibus que passou do ponto! E nós, passamos do ponto? Aonde fica esse ponto? No espelho é que não.
Espelhos estão na moda! São o hit da decoração. Estão em tudo e com tudo. Nos móveis, nas paredes...
Só não podem ser o nosso horizonte. Como guardas de trânsito apitando pra gente parar.
A ordem é seguir. Se com mini- saia já é mico demais, que seja com um pacote enorme de pipoca, chegando no cinema pra sessão da meia-noite.
A cabeça não muda! O que muda são os espelhos. Com moldura, bisotês, redondos, com adesivos...
O que muda... é o jeito com o qual nos refletimos e o quanto nos permitimos brilhar.
É claro, o grande culpado de tudo, não é e nunca foi o mordomo!!!
O grande vilão da história é ele: o ESPELHO!
É ele que nos cobra tudo! Que nos obriga a aceitar que estamos envelhecendo. Que não somos mais os mesmos. Quanta bobagem! Que história é essa de ficar catando os fios de cabelo branco no elevador?
Espelho meu? Que nada!! Espelho das academias, das revistas, das dietas, dos padrões que temos que seguir e ele não colabora. Espelho tem dedo afinal! Fica apontando. É um fofoqueiro!!
Quer nos convencer que já somos sogras se ainda é tão bom ser noras e assoprar no ouvido do marido que a mãe dele salgou demais os bifes. Mas não, já quer que a gente seja logo jararaca! Tem tempo, calma! Brincadeiras à parte, adoro a minha! Juro!!!
Quem disse que a cabeça muda? Sinto um frio na barriga quando posso me esconder do meu filho pela casa, dar e levar sustos! Levar, nem tanto...Não aceito ficar sem minha cesta de páscoa. E mais: quero procurá-la!
No espelho viramos adultos muito cedo e logo, anciãos... Que se danem as ruguinhas, elas são apenas marquinhas que contam algumas passagens interessantes. Ok, se o Pitanguy estiver disponível na próxima quarta, dá pra diminuir um pouco o repertório dos pés-de-galinha... Mas, se por fora a coisa não tá assim tão "lisinha", por dentro o cérebro comanda os mesmos olhos que brilham pro meu amor há quase trinta anos. Ou no "seu caso", pode ser o mesmo que se esbalda com pizza de calabreza e depois fica uma semana só comendo maçãs!
Envelhecer é coisa de gente nova! De gente desocupada, ou ocupada demais talvez. Ocupada em descobrir novas doenças, colecionar receitas e vidrinhos de remédios. Justificativas pra não caminhar, não correr, não dançar. Não viver. Não chegar tarde ou chegar cedo demais? Não pode isso, não pode aquilo, que chato!!
Desculpa furada prá não andar de montanha-russa, não correr atrás do ônibus que passou do ponto! E nós, passamos do ponto? Aonde fica esse ponto? No espelho é que não.
Espelhos estão na moda! São o hit da decoração. Estão em tudo e com tudo. Nos móveis, nas paredes...
Só não podem ser o nosso horizonte. Como guardas de trânsito apitando pra gente parar.
A ordem é seguir. Se com mini- saia já é mico demais, que seja com um pacote enorme de pipoca, chegando no cinema pra sessão da meia-noite.
A cabeça não muda! O que muda são os espelhos. Com moldura, bisotês, redondos, com adesivos...
O que muda... é o jeito com o qual nos refletimos e o quanto nos permitimos brilhar.
quinta-feira, 4 de março de 2010
Retornos...
É incrível como estamos sempre voltando...
Voltamos a pensar no que já estava no fundo do baú, na infância, no que fizemos, no que não conseguimos fazer. Voltamos a passar naquela rua, a escutar aquela música. Passamos em frente de nós mesmos e somos reapresentados.
Nos relembramos!
São os retornos que nos assombram, alegram, acompanham. Nos perturbam e nos amadurecem.
E se pensarmos mesmo, é tão bom voltar! Voltar pra casa, pro nosso amor, pros aromas que ficaram pra trás, pra um banco de escola, pro jeans que estava no fim da pilha.
Por mais que o hotel tenha sido maravilhoso, pulamos felizes em nossa cama, nos deliciamos com o velho
travesseiro.
Abrimos de novo o livro amarelo que um dia nos encantou. Folheamos os álbuns que nos gravaram no tempo.
Os retornos nos permitem verdadeiros resgates. Perceber aonde tropeçamos e seguir com menos pedras.
Fortalecidos.
É assim que até mesmo pro futuro acabamos voltando...Nos deparamos com sonhos tantas vezes desejados , que quando de repente se realizam, já foram vividos. Roubamos sua estréia no palco de nossa imaginação.
E, tarde demais! Já voltamos.
Vulcões extintos reabrem caminhos. O mar recupera a areia que o homem ocupou contra a natureza e ele volta a nadar.
Voltamos a ter medo. Senão do bicho-papão, mas de um ataque do coração.
Voltamos a segurar nossos filhos no colo, através dos filhos deles. A ensinar-lhes as frases que a vida exige.
Em outro cenário, mas com as mesmas fantasias.
A vida é mesmo um tal de idas e vindas. Estamos sempre indo, mas se esquecemos de voltar, nos perdemos por aí...
É incrível como estamos sempre voltando...
Voltamos a pensar no que já estava no fundo do baú, na infância, no que fizemos, no que não conseguimos fazer. Voltamos a passar naquela rua, a escutar aquela música. Passamos em frente de nós mesmos e somos reapresentados.
Nos relembramos!
São os retornos que nos assombram, alegram, acompanham. Nos perturbam e nos amadurecem.
E se pensarmos mesmo, é tão bom voltar! Voltar pra casa, pro nosso amor, pros aromas que ficaram pra trás, pra um banco de escola, pro jeans que estava no fim da pilha.
Por mais que o hotel tenha sido maravilhoso, pulamos felizes em nossa cama, nos deliciamos com o velho
travesseiro.
Abrimos de novo o livro amarelo que um dia nos encantou. Folheamos os álbuns que nos gravaram no tempo.
Os retornos nos permitem verdadeiros resgates. Perceber aonde tropeçamos e seguir com menos pedras.
Fortalecidos.
É assim que até mesmo pro futuro acabamos voltando...Nos deparamos com sonhos tantas vezes desejados , que quando de repente se realizam, já foram vividos. Roubamos sua estréia no palco de nossa imaginação.
E, tarde demais! Já voltamos.
Vulcões extintos reabrem caminhos. O mar recupera a areia que o homem ocupou contra a natureza e ele volta a nadar.
Voltamos a ter medo. Senão do bicho-papão, mas de um ataque do coração.
Voltamos a segurar nossos filhos no colo, através dos filhos deles. A ensinar-lhes as frases que a vida exige.
Em outro cenário, mas com as mesmas fantasias.
A vida é mesmo um tal de idas e vindas. Estamos sempre indo, mas se esquecemos de voltar, nos perdemos por aí...
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